Posteiro
E a Poesia de Nóbrega - Marcas (2001)
José Claudio Machado
Da alma estrupiada
Revi na estrada meu rastro apagado
De ranchos magoados que um dia eu deixei
Porteiras abertas que ao largo passei
Quem vaga sem rumo não olha pra tras
Conhece a partida a chegada jamais
Quem vaga sem rumo se perde na estrada
E apaga o luzeiro dos olhos da amada
Herdeiros da estrada, cansei das esperas
Fiz tantas taperas que quantas não sei
Me fiz criativo sem rumo e sem lei
Gastei as esporas de tanto que andei
Mais quiz o destino guiar minha sorte
Meu rumo meu norte
Razão e raiz
Posteiro me fiz nos olhos da amada
Fiz minha morada onde vivo feliz.