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Orelhano

Orelhano (1987)

Dante Ramon Ledesma

Orelhano, de marca e sinal
Fulano de tal, de charlas campeiras
Mesclando fronteiras, retrata na estampa
Rigores do pampa e serenas maneiras

Orelhano, brasileiros, argentinos
Castelhanos, campesinos, gaúchos de nascimento
São tranças de um mesmo tento, sustentando um ideal
Sem sentir a marca quente, nem o peso do buçal

Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte nestes caminhos do pampa
Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte nestes caminhos do pampa

Orelhano, se tu vives embretado
Procurando um descampado nesta gaúcha nação
E aquele traço de união que nos prende lado a lado
Como um laço enrodilhado, à espera da ocasião

Orelhano, vem lutar no meu costado
Num pampa sem aramado, soprado pelo minuano
Repontar a liberdade, que acenava tão faceira
Nas cores de uma bandeira levantada no passado

Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte nestes caminhos do pampa
Orelhano, ao paisano de tua estampa
Não se pede passaporte nestes caminhos do pampa


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