Recuerdos da 28 / Chinoca Amada
10 Anos de Sucesso (cd duplo) (2010)
João Luiz Corrêa
Entro na sala no meio da confusão
Fico meio atarantado que nem cusco em procissão
Quase sempre chego assim meio com sede,
Quebro o meu chapéu na testa
De beijar santo em parede.
E num relance se não vejo alguém de farda eu grito:
- me serve um liso daquela que matou o guarda.
De vez em quando, quando boto a mão nos cobre,
Não existe china pobre nem garçom de cara feia,
Eu sou de longe donde chove não goteia
Não tenho medo de potro nem macho que compadreia.
Boleio a perna e vou direto pro retoço,
Quanto mais quente alvoroço
Muito mais me sinto afoito.
E o chinaredo que de muito me conhece
Sabe que perigo desse meu facão na 28.
Remancheio no boteco ali nos trilhos
Enquanto no bebedouro mato a sede do tordilho,
Ouço o mugido e o barulho da cordeona
E a velha porca rapona retoçando no salão,
Quem nunca falta é um índio curto e grosso
De apelido pescoço da rabona ao querendão.
Entro na sala no meio da confusão
Fico meio atarantado que nem cusco em procissão
Quase sempre chego assim meio com sede,
Quebro o meu chapéu na testa
De beijar santo em parede.
E num relance se não vejo alguém de farda eu grito:
- me serve um liso daquela que matou o guarda.
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Prendinha linda do vestido cor-de-rosa
Senta pra um dedo de prosa e toma um mate bem cevado
Teu beijo doce que ganhou meu coração
Adoça meu chimarrão quando mateio ao teu lado
Ah, como é bom levantar de manhã cedo
Revelar-te mil segredos ao pé do fogo de chão
E com anseios, fazer planos pro futuro
Respirando o ar mais puro que exala no meu rincão
Chinoca amada, vertente do meu rio amor
És encanto que inspira os versos desse cantador