Farrancho Missioneiro / No Rincão do Risca-faca / No Rancho da Candoca
10 Anos de Sucesso (cd duplo) (2010)
João Luiz Corrêa
Bamo que bamo só de gaita e pandeiro
Que um farrancho missioneiro
Não tem hora pra acabar
E a moçada num trancão bem fandangueiro
Sobre a luz do candiêro
Vão até o dia clareá
Fui convidado pra um farrancho missioneiro
Só de cordeona e pandeiro
Pra bailar a noite inteira
Sou índio guapo criado a reveria
Não tem noite não tem dia
Pra bailanta e borracheira
Bamo que bamo só de gaita e pandeiro
Que um farrancho missioneiro
Não tem hora pra acabar
E a moçada num trancão bem fandangueiro
Sobre a luz do candiêro
Vão até o dia clareá
/
O nego caco me assuntou de um bate-coxa
No salão do carça-froxa, no rincão do risca-faca
Baile afamado, cheio de prenda faceira
Tava armada a borracheira, pois hoje ninguém me ataca.
Lá da porteira, avistei o entrevero
Dáva pra ouvir o pandeiro e o gemido da cordeona
A matungada relinchando no arvoredo
E os gritos do chinaredo, pateando qual redoma.
Tem cordeona e tem festança, num salão de chão batido
Chinaredo a bola pé, querendo arranjar marido
Tem cordeona e tem festança, num salão de chão-batido
Fandango no risca-faca, é sempre mais divertido
/
Fui num fandango lá no rancho da candoca,
Tinha um lote de chinoca, tipo um bando de chupim…
E já se vieram, como no arroz da lavoura,
Umas pretas outras louras caindo em riba de mim.
Não sou modelo, nem um raio de esquisito,
Mas é ruim de ser bonito neste tempo de escacez…
Diz o damásio que nos bailes do rincão
Quem não foge do batom é o que vira freguês.
Vamos moçada neste embalo do gaiteiro
Que a lua é clara podem dançar no intreveiro
Todos já sabem, nos fandangos da candoca
Depois que a china se enrosca não volta embora solteiro