Cantiga de Ronda
Tempos de Praça (1993)
Telmo de Lima Freitas
Nesta constancia constante da vida tropeira
Tropa estendida n várzea pastando luar
Faz me lembrar de uma feita num quarto de ronda
Quando eu cantava em silencio pra o gado escutar
Nessa cadencia sofrida o taura genuíno
Segue num tranco arrastado pelo corredor
O gado parece que sente na voz do tropeiro
Um outro mugido de penas fazendo fiador.
Quantos invejam a vida do homem do campo
Quantos recordam tropeadas sem nunca tropear
Esse atavismo dormindo na lama da gente
Precisa sentir uma ronda pra se libertar.