Botaram a Mão no Meu
Ser Poeta (1990)
Velho Milongueiro
Mas tchê, mas tchê, mas tchê
Barbaridade não da mais pra se viver
Mas tchê, mas tchê, mas tchê
Barbaridade o que é que eu vou fazer.
O salário de hoje em dia é dose pra leão
O povo votou no home naquela baita ilusão
Nosso pobre operário só come arroz e feijão
Ainda falam da tv que não existe inflação.
Peguei um troco no bicho por que a sorte me bateu
Batei tudo na poupança, mas pra mim nada rendeu,
Por que veio um novo plano e vejam só o que aconteceu
Os malandros lá de cima já botaram a mão no meu.
O homem subiu a rampa e aplicou o plano seu
Mas em seguida deu zebra e a coisa já inverteu
A ministra inteligente fez de tudo aconteceu
Mas na sua poupancinha garanto que ninguém mexeu.
Nosso povo brasileiro já não acredita em mais nada
Já estão até aqui com a tal de conversa fiada
Bota plano e muda plano e a coisa sempre enrolada
A casa muda de chefe, mas sempre desarrumada.