Pingo Ruano
Não tá Morto quem Peleia (1986)
Velho Milongueiro
Eu tenho um pingo ruano que me leva a onde eu quero
E par ser bem sincero ele eu não troco por nada;
Em diversas carreiradas já deu a mostra do pano
Nas patas do meu cavalo já ganhei muitas paradas.
Tem as quatro patas branca, de cola e crina também
E um andar de vai e vem, rédea solta estrada a fora
É só cutucar na espora que o meu ruano se empina
Só da garupa pra china que ele sabe que me adora.
Quando perguntam se eu vendo meu pingo de estimação
Eu já respondo que não, meu pingo não é de venda
É presente de uma prenda que me atura a muitos anos
E eu considero o ruano a relíquia da fazenda
O meu cavalo ruano não é pintado de ouro
Mas pra mim é um tesouro vou explicar a razão
Ele é minha inspiração pra gineteada e poema
E me sirviu como tema pros veros desta canção.