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Percanterio

13ª Califórnia da Canção Nativa (1983)

Califórnia da Canção Nativa

Lá na bailanta das percantas a chinalhada gaviona
cadelhudas, redomonas, andam alçadas na sala
no tilintar das chilenas a noite fica pequena
e a gaita por gosto fala. e a gaita por gosto fala.

(e dá-lhe canha que é a sanha dessas loucas
uma noite é coisa pouca, é coisa pouca
não sente quem bota o freio
o golpe feito na boca

e não tem nada, não tem nada
vamo até de madrugada de cola atada
gineteando campo a fora só chora
quem vem de baixo da espora)

atrás de caras pintadas andam olheiras comuns
o riso de cada um pelo preço de ocasião
patronas que eram ventenas
hoje sujeitam-se às penas de viver de mão-em-mão.
de viver de mão-em-mão

(refrão)

na prosa da cafetina ficam carreiras atadas
chinas já redemoniadas quietas de rédeas no chão
as queixas de porco gaxo no riso da oito baixo
vão arrastando a ilusão. vão arrastando a ilusão.

(refrão)

e quando a dona ressaca
vem no mormaço do dia
já se mandaram a la cria
os que aqui pediram vaga
pelo descaso do apreço
pagam de dia o preço
que de noite ninguém paga

(refrão)


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