Chão Amado
Um Fandango à Moda Antiga (2017)
Grupo Cantar Galponeiro
Jucelino Cortez
Limitando o planalto médio / com os dobrados do alto Ururguai
Existe uma terra linda / do pensamento não sai
Nasceu na mata nativa / forrada por pinheirais
Onde verte água pura / de fontes e mananciais.
No meio da mata fechada / dai o nome Sertão
O progresso pede estrada / movido à lenha e carvão
Nasce a pequena vila / e a igreja pra um povo de fé
Trabalho e prosperidade / devoção por São José.
No pé da colina da igreja / muita estória pra contar
Notícias e novidades / e roupas para lavar
A sanga ainda vive / só os tanques o tempo levou
Eram feitos de madeira / só pedras ali restou.
Junto com a estrada de ferro / veio comércio forte
Bolichos, hotéis, madeireiras / serrarias de grande porte
Logo formou-se o distrito / chamado vila Sertão
Na marca do 63 / veio a emancipação.
50 anos se passaram / outros tantos virão
Do Butiá à São Sebastião/ o campo é evolução
Pecuária e agricultura / sempre a prosperar
Pedaço de chão amado / para os meus filhos criar.