Tô a Cavalo
De Tempo e Comparsa (2017)
Jeison Reis
Letra e Música: Jairo Lambari Fernandes
Já alço a perna noite velha redomona
Pego a cambona pra encher mais algum mate
E no arremate cinza morna fogo extinto
Morre o que sinto na saudade que me bate
Monto a cavalo e boto os potros na mangueira
Lida campeira que amanheceu na essência
Nesta vivência entrupilhando pavenas
Par de chilenas no garrão dessa querência
Quem doma potros não faz planos pro futuro
Não é seguro arriscar sonhar a esmo
Pois lombo e crina dependem muito da sorte
E as vez a morte proseia comigo mesmo.
Só o que tenho é os arreios correntinos
E um bom tino na hora de abrir a perna
Xucro destino de galopear campo a fora
Domando as horas do mundo que me governa
Retorno a noite pro galpão minha pátria santa
Limpo a garganta pra amadrinhar a guitarra
Sou uma cigarra montando notas pêlo
Xucro sinuelo do destino que desgarra.