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Siá Tita

Alma de Galpão (1980)

Telmo de Lima Freitas

Lá vai a Siá Tita arrastando a chancleta
Arrecenzinho o dia clareou
Copo de lata com açúcar e canela
Pra sinhazinha que não acordou.
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Pra sinhazinha que não acordou.

Quarto de lua no mesmo serviço
Cantarolando o mesmo pregão
Senhora Santana ajude as crianças
Que sejam bonzinho igual os patrão.
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Senhora Santana ajude as crianças
Que sejam bonzinho igual os patrão.

Forno varrido tinindo de cante
Farinha alvinha na palma da mão
Biscoito gostoso, pão suculento
Lagarto de massa, olhar de feijão.
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Lagarto de massa, olhar de feijão.

Lá vai a Siá Tita p'ao rumo do povo
A neta mais nova mandou lhe buscar
Pra fazer quitute com gosto de forno
Já vai com saudade querendo voltar.
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Já vai com saudade querendo voltar.

Siá Tita é bisneta de tronco de escravo
Nasceu na campanha e pede pra Deus
Que quando não possa andar com seus passos
Descanse pra sempre na sombra do cerro.
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Descanse pra sempre na sombra do cerro.


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