Num Bate Casco Pra Lida
Com a Força Livre do Sul (2006)
Pátria Sulina
Letra: Diego Müller
Música: Adilson Arruda
Me mando, batendo cascos
A revisar aramados
Andando entre invernadas
Para recorrer o gado
Passando em cristas e cerros
Margeando sangas, canhadas
Laçando terneiros novos
E repontando manadas
Ao tranquito, sigo atento
No meu bueno flete mouro
Pechando um boi que refuga
De alguma tropa em estouro
E o meu laço aparceirado
Trago sempre a bate-cola
Pra cinchar, se for preciso
Algum touro campo afora
O camperear no rodeio
Meu trabalho, dia-a-dia
Por isso, vou no meu mouro
Num bate-casco pra lida
E um quero-quero padrinho
Pelo céu, me faz costado
Me vê levar pra mangueira
Um touro osco abichado
Num bate-casco ao rodeio
Precisa força no braço
Pra que alguma rês fugida
Se esparrame no meu laço
Mas quando gado e cavalo
Enredam mãos na laçada
Me atraco, pisando orelha
Me livrando da rodada
Depois, ao cair da noite
É costume em minha sina
Me mando, junto ao meu mouro
Pra o final de outra lida
E dentro do galpão grande
Sorvendo meu chimarrão
Repasso minhas proezas
Entre guitarra e canção
O camperear no rodeio...