Gritos de Recolhida
Por Isso Canto, Senhores (2010)
Pátria Sulina
(Letra: Rogério Villagran | Música: Ênio Medeiros)
Anoiteço golpeando potro até que a noite vá embora
Mateando e rondando fogo enquanto a cordeona chora
A ânsia de ver o sol me atormenta, me namora
Se um ventena sopra as ventas, amanheço arrastando espora
Meu basto, arma de guerra nesta batalha sem fim
Amigo até quando um xucro se bolca em cima de mim
Guitarra, santo remédio pra amansar saudade potra
Chapéu Cury encouraçado que encosta uma aba na outra
Vira o rastro e bate o casco e a ponta desponta a poeira
Me criei bolqueando vaca nos refugos de mangueira
A aurora chega ao passito com trancão de caborteira
Traz grito de recolhida que vem direto à mangueira
E um caseiro, meio aluado, sai no rastro das tambeiras
Porque o sol se criou guacho e tá berrando na porteira
Meu basto, arma de guerra nesta batalha sem fim...