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Larga, Senão Apanha Atado

Por Isso Canto, Senhores (2010)

Pátria Sulina

(Letra: Rogério Villagran | Música: Rogério Villagran/Sandro Rockembach)

Embuçala e palanqueia este tal de Tombo Feio
Que eu tô com os garfo' calçado e quero tirá uma tora
Quem sabe ele se maneia na soiteira do meu "reio"
Quando eu lhe guasquear cruzado num compasso ruedo afora

Larga, se não apanha atado, grito alto e espero a solta
Sei que a coisa não é mansa, mas por mim que corcoveie
Eu também sou mal costeado e me agrada o que busca a volta
Grudo-lhe os ferro' na pança e deixo que se pateie

Tombo Feio não me assusta, no golpe eu conheço as manhas
Até a marca feita a fogo também cai quando descasca
O que vale é o quanto custa, sabe quem surra e o que apanha
Um perde, outro ganha o jogo quando o destino se lasca

Quando a soga for puxada pela mão do palanqueiro
Eu vou lhe abraçar com gana tinindo um aço no outro
Se a vida vale a bolada, um tentito pescoceiro
Fará da estampa pampeana um taura em lombo de potros

Se hay campana que badale porque o tempo é quem condena
Que o mundo mastigue a poeira do corcóveo de um sotreta
Talvez o vento se cale e a história seja pequena
Logrando na sua maneira sonhos de um par de rosetas

Então que largue no más que eu já descubro o balanço
Me desdobro a cada salto que chacoalha o Tombo Feio
Atiradito pra trás, firme na crina que tranço
Trago a pátria que eu exalto e é por ela que eu gineteio


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