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Briga de Bugia

Baile Das Negra Touro (1994)

Os Mateadores

Eu já tinha prometido
Nunca mais me intrometer
Em peleia de fandango
No galpão do CTG
Mas dessa vez apareceu
Um reboliço danado
Entre a mulher do patrão
E a noiva do delegado

(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)

O motivo era vulgar:
Havia macho no meio
E não seria o patrão
Que era um índio muito feio
Nem tampouco o delegado
Merecedor de respeito
Mas que em termos de mulher
Não levava muito jeito

(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)

No calor do bate-boca
Um dedo duro surgiu
O gaiteiro era o motivo
Do rolo do mulherio
Por isso roncava a gaita
Bem alto pelo salão
Com medo do delegado
E do mango do patrão

(E a gaita véia
Num bugio grosso
E dê-lhe osso
Era um gritedo:
"Larga, larga, cabeluda"
"Sai daqui, mondongo azedo"
De envergonhar papagaio
Criado no chinaredo
No CTG se pagava pra ver
Toda aquela folia
Deixe que ronque a gaita
Que isso é briga de bugia)


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