Medley - Sogaços - Do Sul do Brasil
30 Anos (2016)
Os Mateadores
Aprisionei a tristeza nos alambrados do campo
Quando deixei minha terra querência te quero tanto
E nem compreendi a volta vou morrer de tanto riso
Só os amigos entendiam angustiando teu sorriso
Quando a surpresa nos monta no corredor da saudade
Quando sogaços nos tomba campeando a felicidade
Então vamos despacito botando os moirões na estrada
Levando a carreta cheia esperanças e mais nada
Tamo juntando uns pedaços um mango pra outro norte
Repontando os desenganos nos bretes duros da sorte
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Sou o vento minuano das coxilhas
Assobiando pelos cantos dos galpões
Sou a chuva, o sol e o frio sobre as flexilhas
Quando cerne falquejado nos moirrões
Sou estampa madrugueira da querencia
Foboirnando ao pé do fogo de chão
Canto nativo que se cuida em preferencia
Nas batidas de um xucro coração
Sou do sul, deste torrão eu sou gaúcho
Marca taura de uma terra farroupilha
Rio Grande guapo de mata e liberdade
Fronteira firme palanqueando este Brasil
E meu peito na tropilha redomona
Num bate casco disparando pelo canto
Esta vida que se passa eterna e chorona
Foi criada pela luz de um pirilampo
Tem um sonho colorindo a emoção
Batizando esta cepa galponeira
Em minh'alma que foi morada no rincão
Em toda força nessa raça brasileira