Me dá de lá um Chimarrão
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Iedo Silva
Me dá de lá, me dá de lá,
Me dá de lá um chimarrão quero tomar;
Há quanto tempo eu não tomo um chimarrão
E nem na cuia já não sei como pegar.
De tardezinha quando eu voltava do campo
Minha chinoca me esperava no portão
Me dava um beijo sorrindo me dava um mate
E nos mateava só na sombra do galpão.
Minha chinoca partiu e me deixou solito
E o meu rancho começou desmoronar
Só um bilhete junto da cuia cevada
Uma lembrança de quem foi pra não voltar.
Não tomo mate pro falta de parceria
Uma tristeza aqui no peito me acompanha
Até a bomba do mate ta enferrujada
E a cuia cheia de teia de aranha.
Deixei o rancho que nasci e me criei
Uma lembrança que me corta o coração
Uma saudade que me mata o dia a dia
Sem companhia pra tomar meu chimarrão.