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Quem Não Rói Osso Não Come Tutano

Eu Sou Gaúcho (2015)

Romário Gaúcho

(Getúlio Silva/Mário Nenê/Romário Gaúcho)

É que na vida se dá o troco
Eu descobri quando a farra incendeia
Só tem china feia quando eu bebo pouco

Botei as pilchas pra uma domingueira
Dessas campeiras num fundão de grota
Saí faceiro, entortando a cangalha
Que a china Amália me espera na porta
Pensei comigo, hoje eu abro toca
E gasto as botas dançando rancheira
Levanto a poeira do piso da sala
Enrolo no pala uma prenda faceira

É que na vida hay o desengano
Diz o ditado que é curto e grosso
Quem não rói osso não come tutano

Mas desta feita entrei na roubada
Por "quaje" nada eu estropiei a moura
De revesgueio avistei a changa
Comendo pitanga com a progenitora
Dei buenas noite com jeito garboso
Pedindo pouso e querendo carinho
Mas foi a véia que saltou no toso
Com jeito mimoso me piscou os zoinho'

É que na vida hay o desengano...

Foi nessa hora que veio o tormento
Neste momento a sorte se abala
Já de vereda levantou do banco
E me levou num tranco pra o meio da sala
Quem via aquilo, parecia briga
Deus me castiga e a diaba não solta
Mais encorpada que boi de cabanha
Balançando as banha' foi fazendo volta

É que na vida hay o desengano...

Lá pelas tantas lembrei da pinguancha
Vi a carancha com outro dançando
Chinchei a véia no osso do peito
Apertei com jeito e seguimo' bailando
E assim se foi a madrugada xucra
Nesta gaúcha bailanta que falo
E neste embalo fomo' a noite inteira
E só baixou a poeira no cantar do galo

É que na vida hay o desengano...


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