Cuidando o Campo
Com Quarteto Milongamento - Cuia e Cambona (2004)
Mauro Moraes
Meus olhos se perdem longe, cuidando o campo e o gado
Por várzeas e coxilhões, entre horizontes dobrados
Nos meus olhos razos d´água todo este verde se estende
Imagens de encher os olhos que não se compra, nem vende!
O campo nos cobra o preçomas dá, em dobro o que tem
Verdeja a grama forquilha quando termina o azevém
Tem sempre a sabedoria que a natureza não nega
Pastorejando os terneiros, que nascem pelas macegas
Eu cuido bem do meu jeito pois sei daquilo qie falo
O campo é quem nos garante bois, ovelhas e cavalos
É sua essência de terra que me faz tão bem assim...
Eu faço parte do campo e ele faz parte de mim
São pontos rubros, no verde, o gado pampa que pasta
Eu sou e vivo esta terra, e gostar disso me basta!
Hoje meus olhos são mansos, andam no campo sem pressa
Conhecem os seus segredos onde termina e começa
Por isso que há de ficar pra cada um que virá
O amor por estes campos que a gente sempre terá...
Pois tem um fato que creio e rezo sempre pra Deus:
-Quem tem o campo no sangue, passa esse sangue pra os seus!