Sinhá Querência
Sinhá Querência (0)
Os Angueras
Quanta querença por ti Sinhá querência, amor que eu perdi
O tempo passou mas em nós, apenas eu envelheci
Eras todo luar feito carne e havia em teu beijo Sinhá
O perfume sensual da pitanga e o maduro sabor do araçá
Sinhá querência, teus seios eram coxilhas irmãs
Cobertos pela cambraia da cerração das manhãs
Quanta querença por ti Sinhá querência, amor que eu perdi
O tempo passou mas em nós, apenas eu envelheci
Foste a terra de serra e de pampa, onde um dia mocito plantei
Os esteios de um rancho de barro, meu campeiro castelo de rei
Quando o vento sacode o meu rancho, me parece escutar tua voz
Que uma flauta a gemer nas taquaras, por piedade dos que vivem sós
Quanta querença por ti Sinhá querência, amor que eu perdi
O tempo passou mas em nós, apenas eu envelheci