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Fogo, Galpão e Cordeona

O Melhor do Baitaca - Vol. 1 (2014)

Baitaca

Velho galpão, o meu recanto sagrado
Mesmo escorado mas pra mim tu ainda presta
Nos verão quente vou semear ataca o sol
De noite a lua sai me espiando pelas fresta
Graças a deus eu sou um galponeiro feliz
Defendo as raízes e é um direito que me assiste
O fogo grande é o que me aquenta a cambona
E a cordeona me alegra nas horas triste.

O fogo grande é o que me aquenta a cambona
E a cordeona me alegra nas horas triste.

E a cordeona evoa sob o universo
E eu canto verso apra alegrar o meu santo
O fogo véio me aquenta as bota e as chilena
E eu com as melena tapada de picumã
De madrugada assim que eu saio do catri
Preparo um mate depois de um sono tranquilo
Grita uma rã num buraco de um esteio
E eu mateio escutando o cantar dos grilo.

Grita uma rã num buraco de um esteio
E eu mateio escutando o cantar dos grilo.

Enfrente o galpão, do meu cavalo eu me apeio
Tiro os arreio e penduro num cavalete
Berando o fogo num banco baixo eu me sento
Enquanto afervento uma panele de suquete
Pra quem conserva, carrega nos corações
As tradições desta pátria redomona
Com muita fibra cancei o pé e lhe garanto
Canto e recanto fogo, galpão e cordeona.

Com muita fibra cancei o pé e lhe garanto
Canto e recanto fogo, galpão e cordeona.


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