última Clavada
Poemas Gaúchos (1993)
Jayme Caetano Braun
Ele não tinha mais saída e veio
de tão ......... se judiando à toa
igual a chuva que se armando feio
mudou de rumo pra morrer garoa
igual silêncio que tornou-se ruído
na cancha larga dos que botam sorte
clavou de ponta no que tinha sido
prendendo o grito para torcer a morte
atira o osso, paisano,
bota de sorte clavada
quem trás a sina de jogar de mano
não tem permisso de morrer por nada
ah! morte velha, que não erra pulo
não volta a tempo nem respeita a banca
ficou só a marca de uma tava branca
era tão lindo, mas clavou de culo
depois de tudo, na carpeta grande,
onde o destino se tornou coimero,
na volta e meia do calor do sangue
morreu a fala, já não tem parceiro