Eu Sou A Cara Do Véio
É Do Balanço Que Eu Gosto (2006)
Balanço de Galpão
(João Alberto Pretto/Luiz Cláudio/Luiz Guilherme)
Eu fui criado na campanha e lida bruta
Eu sou batuta numa changueada campeira
Desde piazito, trago a pampa na garupa
E é num upa meu serviço na mangueira
Aparto gado, tiro ronda, encilho doma
É temporona esta paixão pelo campo
Sou quebra guapo, pronto pra qualquer parada
Na madrugada sou igual ao pirilampo
Eu sou a cara do velho, vô no sistema do velho
Pra quem nasceu na campanha, a vida não tem mistério
Um tirador flecoteado nas macegas
E pros refregas um trinta bicando joelho
A rucilhona num fio de xispá faísca
E a alma arisca, grudada a cabo de relho
A carne gorda no velho fogo de chão
E o chimarrão, sempre cevado a capricho
A cancha reta, o rodeio, a tradição
No coração estão guardados com os cambichos
Eu sou a cara do velho, vô no sistema do velho...