Nos Tempos do Brim Coringa
Gaúcho Malandro (1999)
Velho Milongueiro
No lugar a onde moro sou de muita estimação
Quando chego numa casa me recebem no galpão
Me mandam chegar pra frente, me mandam sentar no chão
E eu abro minha cordiona e já sapeco uma vanera
Do tempo do brim coringa e do amaranto pereira.
Quando eu chego numa casa que me recebem na sala
Eu chego e cruzo a perna e tranço a franja do pala
Só as véias me recebem e das moças nem vejo a cara
E eu abro minha cordiona e já sapeco outra vanera
Daquelas bem ser vergonha do gúcho da fronteira
Na hora de ir embora para minha moradia
Eu me despeço das veias e deixo lembranças as gurias
E as velhas ficam dizendo que tipo sem serventia
E eu pego minha cordiona e saio coxilha acima
Cantando uma bem boa daquelas do mano lima.