Coivara
Marca de Raiz (2012)
Erivelto Pires
Coivara, amontoada no campo.
Cruzaste todos estes anos
Foi municio de fogueira
Coivara, mirada lá no horizonte.
Luzeiro vai num reponte
Clareando a madrugada
Quando te acende
Tu não recuas
Teu fogo ardente
Tal qual xirua
Queimando tu segue em frente
Deixando a terra nua
Coivara, inspiração atual.
Te apelidaram queimada
Acesa por um bagual
Coivara, a retina esta secando.
Não vê o mato brotando
Não tem lágrimas pra chorar
Coivara, o vento norte soprou.
Queimaste o velho angico
Só o tarumã que restou
Coivara, palanque de curunilha
Deixaste a grama tordilha
Onde um dia o boi pastou