Cio das Águas
Alma de Estância e Querência (1998)
Jari Terres
Manhã mansa avança a beira-mar
Beira-mar onde a ribeira dá
Cachoeira acima a murmurar
O riacho a chuá-chuar
Nadadeira contra a corredeira assim
Foi e assim sempre será
Piracema peixe deixe estar
Os seixos o cio das águas sem ter fim
Finda enfim a tarde a beira-mar
Beira-mar onde a ribeira dá
Afluentes a influenciar
Água n’água nesse desaguar
Natureza correnteza tecelã
Fios de rios seus fios a guardar
Piraíba pode sossegar
É vem no ventre um novo amanhã