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Cena de Campanha

Cantiga Para o Meu Chão (2010)

Cesar Oliveira e Rogério Melo

Letra: Alcy Cheuiche / Nilo Bairros de Brum

Os galhos, regendo o vento, balançam no temporal
Atado pelo buçal, um potro estira o cabresto
Molhando a melena moura, o velho peão caseiro
Se atarefa no terreiro guardando trastes de arreios

É uma cena de campanha repassada em poesia
Pedindo uma melodia com acordes de bandona
E uma guitarra crioula de ventre bem manuseado
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza

Firmando a barra da saia num jeito meio apressado
Rosto de chuva lavado, Maria recolhe a roupa
Invocando Santa Bárbara, a velha guarda o machado
Temendo que algum mandado venha lhe fazer seu pouso

É uma cena de campanha repassada em poesia
Pedindo uma melodia com acordes de bandona
E uma guitarra crioula, de ventre bem manuseado
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza

E a tormenta vai embora, assim no mais, como veio
Acalmando o sarandeio dos ramos mexendo a brisa
O sol rebrilha nas folhas, recomeça toda a lida
O velho estilo de vida que eu juro que ainda existe

É uma cena de campanha repassada em poesia
Pedindo uma melodia com acordes de bandona
E uma guitarra crioula, de ventre bem manuseado
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza
No abraço apaixonado de um cantor pedindo vaza


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