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Taura do Rio Grande

A Marca do Rio Grande (2008)

Os Monarcas

Cresci gineteando potro esporiando nas paletas
Índio xucro e bom de doma se conhece nas rosetas
O meu trançado a preceito corta o vento e beija o céu
E a gauchada buenacha vê que ele tira o chapéu.

(Sou mescla de chão batido com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo que forja a vida de um peão)

A invernada lá do fundo o patrão deixa pra mim
Pois sabe que neste braço, que tem inicio, tem fim;
A tropa escolhida a dedo sempre ele quer que eu comande
E é assim que este taura vai empurrando o Rio Grande.

(Sou mescla de chão batido com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo que forja a vida de um peão)

O peso macho nos ombro e a galhardia do guapo
Tá na cara do serviço o dia a dia que passo
Não nego empreitada braba, encaro qualquer parada
Quando o sol vem dar bom dia já tô no meio da estrada

(Sou mescla de chão batido com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo que forja a vida de um peão)

Este dom que Deus me deu eu herdei do meu avo
Não é atoa acha um mico e a coragem tá onde eu to
Se você quer ir pra frente com orgulho de progredir
Olhe um pouco para traz que saberás onde ir.

(Sou mescla de chão batido com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo que forja a vida de um peão)


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