Nosso amor de prosa e mate que ninguém sequer suspeita
Que nunca viveu no catre o milagre da colheita
Vive momentos escassos que transbordam de emoção
Toda vez que eu te alcanço a cuia do chimarrão
Teus olhos verdes, tão verdes da cor da erva do mate
Buscam meus olhos com sede de matear paixão no catre
Então na roda de mate todos tencando tamanho
A gente vive e ainda parte os dois pedaços de um sonho
Por um instante eterno eu vivo o fim desta espera
Nas minhas mãos de inverno tuas mãos de primavera
E assim mateando desejos tu cevas vem que eu deponho
Em cada mate um beijo, em cada beijo é um sonho
Mas percebo o que me dizes num olhar que adivinho
Que ainda seremos felizes mateando a dois no ranchinho
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.