O pingo do meu arreio, foi eu mesmo que domei
Arrocinei enfrenei, no estilo do pastoreio
Mestre de cancha e rodeio, gateado de toda crina
Fogo aceso na retina, que jamais apaga o brilho
É o cavalo que eu encilho, nos dias de ver a china
Me espicho ao trote chasqueiro, numa toadita de ronda
Bombeando a lua redonda daquelas de corpo inteiro
Talareando o parelheiro, que não precisa de pua
Nesta comunhão charrua, entre o gaúcho e o pingo
Que adivinha que é domingo, e vou rever a chirua
Ele conhece o caminho, das outras vezes que veio
E vai atirando o freio, no rumo certo do ninho
E eu me tapo de carinho, o coração corcoveando
Meio tonto imaginando, um beijo de amor sincero
E não falta um quero-quero, pra avisar que vou chegando
Afetivo de cavalo de estimação.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Andadura moderada dos eguariços.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.