Uma carreta rangindo, ainda nessas estradas,
Trazendo a história de um povo e uma bandeira hasteada.
No mesmo tranco dos bois, chega de um tempo passado,
Lerda e pesada pra venda, vai adentrando o povoado.
Marcas de cascos e rodados na mesma estrada de terra,
Que n'outro tempo levou esta bandeira de guerra,
Por este pago de léguas, de várzea e coxilha larga,
Abrindo rumos à frente a comandar uma carga.
Uma parelha de pampas, outra buena de brasinos,
Trazendo a força das juntas, juntas pro mesmo destino.
(Dos que botam a mão na terra pra garantir seu sustento
E carregam já puídas suas bandeiras no vento.) Bis
Vai perto a dor da picana, mais longe um cusco de atrás
E a esperança no rastro de quem tem fé no que faz.
Trazendo nessas carretas, vida e luta "acolheradas"
E uma história mermando de tanto tempo e estrada.
Pra quem olhasse ainda hoje uma carreta e seu dono,
Nem se daria por conta esse tamanho abandono...
Aos que trazem seu destino e a vida na própria cara
E a bandeira do Rio Grande na ponta de uma taquara.
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.
Vila, distrito.
Andadura lenta dos eguariços.
Lugar em que se nasce, de origem
Leves ondulações topográficas no terreno.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).