Cansei os meus olhos de ver horizontes
Quero ter de perto no alcance da mão
Na sombra do baio ou costeando o aramado
A razão deste canto, firmando o garão
O verde estendido lhe explica este gosto
De acreditar nas verdades que trago
De ser mais Rio Grande, na alma e no jeito
E de apenas cantar minhas coisas e o pago
De alma e verso, assim, eu sou
Regional e em mim, eu vou
Coração sem fim, que andou
Pra se encontrar!
De violão e voz assim eu sei
Universal enfim serei
Coração por mim, eu terei
Pra quem me entregar!
E é por isso que sempre canto minha terra
Minhas verdades, minha gente
Meu canto é assim e só sei cantar desse jeito, acredito que este é o rumo
E sigo firmando o garrão, pelas coisas que penso
Quem sabe um dia meu olhar de interior
Entregue um vistaço pra quem nunca viu
Um potro estendendo um galope na várzea
Ou um simples ocaso no espelho de um rio
Se tem quem se venda, não pago este preço
Nem deixo meus sonhos, crescerem em vão
E ainda acredito que o mate é um abraço
Pra quem desencilha no rancho de um irmão
De alma e verso, assim, eu sou
Regional e em mim, eu vou
Coração sem fim, que andou
Pra se encontrar!
De violão e voz assim eu sei
Universal enfim serei
Coração por mim, eu terei
Pra quem me entregar!
Quem sabe de longe o olhar "inda" veja
As coisas que o campo não quer me mostrar
Mais sei que este pago, na força da cincha
Garante e sustenta, o que me faz cantar
Se canto a minha terra, eu falo o que sei
Se tenho verdades, as carrego comigo
Se ainda canto, só pra o meu consumo
É por que todos sabem, aquilo que digo
De alma e verso, assim, eu sou
Regional e em mim, eu vou
Coração sem fim, que andou
Pra se encontrar!
De violão e voz assim eu sei
Universal enfim serei
Coração por mim, eu terei
Pra quem me entregar!
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Tipo de andadura de velocidade média (nem rápida e nem ligeira = moderada) dos eguariços.
Lugar em que se nasce, de origem
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.