Acoçado de mutuca e tapado de judiaria
Fui morar em porto alegre cantar em churrascaria
Assinei todos os contratos que a tal casa requeria
Fiquei que nem cusco a soga acuando da noite ao dia
Depois que eu peguei serviço tirei o pé da sargeta
Mais tinha que caprichar porque a coisa tava preta
Mete o peito e suar o topete, bem crente baixar a paleta
Pra convencer os viventes de ganhar a tal gorgeta.
Pra mim que vim da campanha dizem que tenho talento
Carregado de esperança e a melena solta ao vento
Devo obedecer horários conforme e regulamento
E me embretaram num rancho que se chama apartamento.
Mas agüentei no osso do peito, era isso que eu queria
Ser cantor bem afamado e levar pro povo alegria
Já tô até me acostumando com os gritos e a correria
E o bolicho lá da esquina o apelido é lancheria
Mas te garanto patrão que eu sendo peão desse emprego
Ando pisando macio igual que peru no trevo
Não sou dono nem de mim e já não tenho sossego
E ando louco pra sestiar numa cama de pelego.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Corda de sisal.
O osso do jogo-do-osso.
O mesmo que cabelo
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Vila, distrito.
Pequena bodega.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.