(Letra: Salvador Lamberty | Música: Valdomiro Maicá)
Tenho meu rancho num país que amo tanto
E trago a alma cravejada de esperança
Abro a janela e o mundo é lindo lá fora
Mas vivo em casa matutando a insegurança
Ligo meu rádio, é arrastão, roubo e sequestro
A cada instante é mais um assassinado
Rancho cercado com grades altas de ferro
E, mesmo assim, também já fui assaltado
Nosso país queimou a alma, o pau brasil
Pelas calçada' dorme triste o seu futuro
A nova carta de Pero Vaz de Caminha
Diz que esta terra é o nosso porto inseguro
Já era tempo de baixar a lei do Borge'
Numa atitude lá do nosso parlamento
Mas a legião de deputado' e seus asseclas
Vive extasiada no banquete do orçamento
A bandidagem tomou conta do recinto
E o inocente vive preso em domicílio
Só quero ver, quando chegar lá no congresso
E o senador perder a mãe, mulher ou filho
Nosso país queimou a alma, o pau brasil...