(Letra: Salvador Lamberty | Música: Valdomiro Maicá)
O povo anda assustado
Com a onda de buracos
Sem dinheiro pra remédios
Vai tomando chá de guaco
Tem um buraco no bolso
Que não para um só vintém
E o patrão diz que na empresa
Tem um buraco também
Discursos eleitoreiros
Só servem pra encher o saco
E o povo já está pensando
Que não sai mais do buraco
Tem buraco nas estradas
Tem buraco na sarjeta
Cada buraco no asfalto
Que não passa nem carreta
Mas o grande mandatário
É que ensina abrir buraco
E se alguém abrir a boca
Pode ficar no cavaco
Discursos eleitoreiros...
Quantos rombos e buracos
Existem no parlamento
A desculpa do governo
É o buraco no orçamento
Cobiço reunir o povo
Agarrar a gataiada
E jogar lançante abaixo
No buraco da privada
Discursos eleitoreiros...
Faltou espaço na terra
Fez-se um buraco de ozônio
E o povo aqui no buraco
Sem lenço e sem patrimônio
Meu compadre, que buraco
Este buraco que eu sinto
Da saudade que carrego
Dos tempos do Jaime Pinto
Discursos eleitoreiros...