"Não me atiço no entreveiro
nem vivo vagando a toa
Não tenho medo da noite
e nem me assusto da garoa
Quando abraço o meu violão
as horas ficam mais longas
Quem me conhece já sabe
que Ay me gusta uma milonga"
Tenho sangue de italiano
e os costumes da fronteira
Conheço as manhas do ganço
e astucias do calavera
Pras noites frias do inverno
um poncho carnal vermelho
E um sobreiro de aba larga
pra os dias de chuvisqueiro
Não me atiço no entreveiro
nem vivo vagando a toa
Não tenho medo da noite
e nem me assusto da garoa
Sou amigos dos amigos
não saio fora dos trilhos
Não ouço uivos de 30
sem devolver o estribilho
Ay me gusta uma milonga
pra bailar sou pacholento
Nas bailantas da fronteira
saio retalhando o vento
Não atiço a labareda
nem ato lata nos tentos
Se me chamam pra peleia
Na coragem me sustento
Tenho sangue de italiano
e os costumes da fronteira
Conheço as manhas do ganço
e astucias do calavera
Pras noites frias do inverno
um poncho carnal vermelho
E um sobreiro de aba larga
pra os dias de chuvisqueiro
Gosto de viver libérto
sou igual ao passarinho
Trago a sina andarenga
de viver pelos caminhos
Quando abraço meu violão
as horas ficão mais longas
Quem me conhece já sabe
que Ay me gusta uma milonga
Ay me gusta uma milonga
pra bailar sou pacholento
Nas bailantas da fronteira
saio retalhando o vento
Não atiço a labareda
nem ato lata nos tentos
Se me chamam pra peleia
Na coragem me sustento
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Destino, sorte.