Mangueira de pedra bruta, porteira de varejão
tronco bueno de pau ferro pra lidar com a criação
campo fino e aguada boa o gado pega a engordar
uma vacagem pampeana que da gosto de se olhar
um mouro marca de cuia, parceiro pra toda a hora
que troteava se espiando pra roseta das esporas
um laço de doze braças pachola atado nos tentos
e um cury encouraçado toureando a força do vento
o dia a dia do campo e as pegadas da lida
É a vaca que lambe a cria no pasto recem parida
o tranco manso do pingo são quadros de campereada
o cusco costeando o estrivo retornando da invernada
a tarde chega de manso encerro a terneirada
me recolho pro galpão pra matear com a prenda amada
morena dos olhos negros que encanta este campeiro
mais um dia que se vai neste rancho de posteiro
isto é rio grande! este é meu chão!
pago gaúcho que trago no coração
isto é rio grande! xucro e campeiro!
esta é minha vida neste rancho de posteiro