Se um dia fores lá no meu ranchinho
Ver a beleza que eu tenho por lá
Se tu entrares nele um bocadinho
Periga até tu nem querer voltar.
Eu precisava que fosses lá
Dar-me o prazer com a tua visita
Pra ver de perto o meu papagaio
Dizer bobagens para as caturritas.
Tomar o leite da vaca brazina
E ver o porco gordo no chiqueiro
Ver a parreira do lado do rancho
E as galinhas gordas no terreiro.
E uma horta que plantei no fundo
Ver o jardim que eu plantei na frente
Ver meu cavalo que é o melhor do mundo
Beber a água da minha vertente.
A água clara parece platina
E nasce mesmo bem no pé da serra
Assim Deus queira que você menina
Vendo as belezas lá da minha terra.
E um rancho humilde é de pau a pique
Mas com capricho, eu mesmo que fiz;
E dona dele, quero que tu fique
Que assim nós dois seremos felizes
Tem galinhada, vaca, porco gordo
Pra se comer tem tudo que se quer
Porem só falta tu entrar de acordo
Que rancho gaúcho precisa mulher.
E queira Deus que seja nossa sina
De eu entregar-te aquele ranchinho
Eu casarei com você menina
E deixarei de viver sozinho
E só isso que eu venho a procura
Que eu tenho fartura, mas falta carinho.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.