Num roça-roça veiaco, desses de esquentar o sovaco
E dê-lhe xixo de taco que me acheguei bem pilchado
Sosbaiei aquela baia e me embodoquei na raia
Sobrava rabo-de-saia num surungaço enfrenado
Sou qüera que se incendeia pra china que gineteia
E que o destino boleia aos braços a toque de gaita
Me criei com pouca prosa mas se a percanta é formosa
Minha razão é baldosa, minha imponência é de taita
(Num balcão fui me benzer, e entrei num chamamé
Só pro dia amanhecer num requebro do compasso
Pra quem ombreia a semana, num talagaço de cana
Reforço a parte da gana e mostro o dono do braço)
Num jeitão mui matreiro, fui embalando o candeeiro
Estampa de missioneiro, faço a marca e dito a lei
Redesenhei a minha sina nos olhos de uma china
Que pesquei de relancina e na minha alma guardei
Foi com um entono de galo que embigodei o gargalo
E dancei de a cavalo num sarandeio batuta
No fim, meu pingo encilhado lascou um trote educado
Porque se o peso é dobrado, tem pinguancha na garupa
Espécie de cacete.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Moça linda.
Golpe
Desejo súbito, vontade.
Destino, sorte.
No repente.
Afetivo de cavalo de estimação.
Andadura moderada dos eguariços.
Pejorativo de moça jovem e vulgar.