Velho gaúcho de bombacha e espora
De chapéu grande tapeado na testa
Bigode branco e um sorriso aberto
Montando um pingo num dia de festa
Acariciando a crista do seu pingo
Batendo o relho de leve na anca
Lenço vermelho esvoaçando ao vento
Guasqueando as pontas da camisa branca
Eu me encontrava na beira da estrada
Quando passava um gaúcho guapo
Me fez lembrar de meu avô e outros
Fiel herança de um herói farrapo
(Eita, Rio Grande de outrora, tchê!)
Velho gaúcho chegou na tal festa
Logo mais tarde eu cheguei também
Cantei uns versos saudei os presentes
Quando um magrinho me falou ok
Corri os olhos no velho gaúcho
E no magrinho olhei de cima a baixo
Pensei comigo e vou dizer agora
A diferença que nos dois eu acho
No tal magrinho eu vi o presente
E no gaúcho velho vi o passado
A diferença é do dia pra noite
Como mudou o meu Rio Grande amado
Eu não sou contra o gaúcho de agora
Só não me diga ok, me aperte a mão
Leia a história do grande Rio Grande
Como é linda nossa tradição
Veja o gaúcho como eu vi aquele
Respeite ele como deus na terra
Se o Rio Grande hoje é paz e amor
É por que ele defendeu na guerra
Velho gaúcho bebeu festejou
Montou no pingo partiu foi embora
Direto ao rancho e eu fiquei dizendo
Lá vai o velho Rio Grande de outrora
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Afetivo de cavalo de estimação.
Espécie de açoite.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.