(Elton Saldanha)
Tá chegando os da campera, desemalando os arreio
Tomem tenência os paizanos, olha os campeão de rodeio
Temo na boca do brete, agarrado nos baraços
Largue um boi corrê na cancha, que eu vou provar o meu laço
O povo da gineteada se vem de boina e espora
Rezando, atando as quilina com fé em nossa senhora
Não interessa a tropilha e nem o amadrinhador
Pode largá esse beiçudo, que eu vô aonde ele for
Se tiver cavalo xucro, deixa pula
Se tiver boi no rodeio, vamo laçá
Se tiver dança de chula, vamo sapateá
Com as prendas da vacaria, depois nós vamos baila
É hoje o dia, é hoje o dia, que este peão vai ser campeão da vacaria
É hoje o dia, é hoje o dia, depois nos vamo pro baile, amanhecê com as guria
De manhã vou declamar, pachola pro povo ver
Levando fé na bandeira, que é do nosso ctg
De tarde o nosso gaiteiro abre a gaita num floreio
Porque a nossa invernada vem pra ganhar o rodeio
Lá no meio das barracas faço meu acampamento
Quem sabe eu acho uma noiva, tô pronto prum casamento
Quem mais vai querê um gaúcho que chegou só com o matungo
Temo aqui na vacaria, maior rodeio do mundo
Atenção.
Vila, distrito.
Coletivo de cavalos.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Reunião para cuido, que se faz do gado.