Há tantos touros roceiros franquerios sem raça pura
Que vivem solto na pátria por que a cerca não segura
Tem olhos arregalados, posturas de comandantes
De trabalho muito pouco, mas de esperteza bastante.
Nos campos da nossa terra vivem os touros alados
Que não respeitam as cercas nem limites consagrados
Abocanhando as canetas pastam direitos da gente
Deixando desesperança e o povo de sangue quente.
Touro bom não paga o vale ainda mais pra ternerote
Percebendo escaramuças, chega metendo o cogote
Há uma invasão de direitos desde que o Brasil nasceu
Touros passando alambrados com asas que Deus não deu
Os touros filhos do pago que nascem da mãe consciência
Estão escavando a terra aqui na nossa querência
Pra dar uma surra bem grande nesses touros sem fronteira
Que compram votos e cargos e acabar com a roubalheira.
Vila, distrito.
Lugar em que se nasce, de origem