Nos olhos dois guabijús do piazito povoeiro
Brilhavam mais que o luzeiro nas noites claras do pampa
Um palco pleno de luz derramava cantoria
Cada canto uma poesia, cada poesia uma estampa.
Nascia um novo gaúcho naquele olhinho inocência
Que escutava com paciência cada tema apresentado
E no seu coraçãozinho de menino da cidade
Nasceu aquela vontade de cantar e andar pilchado.
Meu pai me compre uma gaita destas cheias de botão
Um chapéu, bota e bombacha e um lenço de qualquer cor
Alguns livros de poesia de puro regionalismo
Pra que eu cante o nativismo em todo o lugar que for.
Hoje o piá se fez homem com uma nova consciência
Bebeu em sua existência léguas e legas de chão
Ouvindo temas nativos aprendeu muito de história
E até poesias simplórias escreveu com emoção
Uma geração inteira tem o piá como exemplo
O rio grande como templo na tradição seu altar
E os pias que estão nascendo quando ficarem taludos
Sem descuidar dos estudos continuarão a cantar.
Adolescente.
Cidade.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Guri.