Delgacei um baio gemada encilhado a capricho
Botando todo o preparo desde o buçal ao rabicho
E me fui pra um bate-coxa me encostelar com um cambicho
Colguei a cincha do pingo e entrei rumo ao chinaredo
Bombeei o zóio num lote e apartei uma com dedo
Que veio bolcando os quarto cheia de amor e segredo.
Passei a mão na pinguancha que não era nada feia
Sai cruzando o pescoço cheirando a graxa da oreia
E bulindo a bixa véia do cogotilho às cadeira.
Dei um grito pro gaiteiro debulhar uma vaneira
E saltei atropelando me enforcando na peiteira
Trompando pata com pata levantando polvadeira
Numa refrega bacuda de arrebentar os baixeiros
Calcei a china na pua no meio do entreveiro
Num trote véio socado como petiço pipeiro.
Passei a mão na pinguancha que não era nada feia
Sai cruzando o pescoço cheirando a graxa da oreia
E bulindo a bixa véia do cogotilho às cadeira.
Fiz um corpito de cobra tenteando o bico da gansa
E a franga se negaceou fazendo de sorra mansa
Mais sou taura pro namoro e firmei no cabo da dança
A boeira vinha apagando sai fazendo costado
Alcei na garupa a changa que era do meu agrado
Na volta da reboleira fizemos nosso noivado.
Passei a mão na pinguancha que não era nada feia
Sai cruzando o pescoço cheirando a graxa da oreia
E bulindo a bixa véia do cogotilho às cadeira...
Bordoneando a loca véia do cogotilho às cadeira...
Inventando a bigoduda do cogotilho às cadeira...
Primeiro apero do “preparo” da encilha.
Apero da encilha que serve para apertar os arreios.
Afetivo de cavalo de estimação.
Pejorativo de moça jovem e vulgar.
Tosa que se faz nas crinas do cavalo, em volta do pescoço.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Espora sem roseta.
Andadura moderada dos eguariços.
Vivente que se pode recomendar.
Anca.
Pequeno trabalho.
Touceira de arbustos e galhos arbóreos.