Bueno vou saltar do catre a ajeitar o fogo
Vou tomar um mate que daqui a pouquito
O dia já bate, chega de dormir.
Bueno vou tirar o leite lá no mangueirão
Ajeitar a mesa pro café com queijo
Manteiga batida pra passar no pão.
Bueno eu sou caseiro aqui nesta estância
O ultimo que deita, primeiro que levanta
A minha lida não é fácil, não.
Bueno dia de folga me vou pras gurias
Só volto segunda no larear do dia
A minha lida não é fácil, não.
Bueno vou limpar o galpão e varrer o terreiro
Corta uma lenha e dar leite pra um gaúcho
Terneiro mimoso do filho do patrão
Bueno vou trazer um consumo, carnear um capão
Dar os bofes pros cuscos, buchada pros porcos
Que já tão gritando lá no chiqueirão
Bom.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).