Uma gaita de botão um candeeiro enfumaçado
Um bailezito ajeitado num ranchito de torrão
Onde a própria evolução se apeia de madrugada
Matando a sede na aguada da mais pura tradição
Um rangido de basteira cantiga de correr boi
Num tempo que não se foi pois tem alma de fronteira
A velha pampa campeira de repente se agiganta
Quando um índio abre a garganta numa marca galponeira
São coisas simples que falo do jeito da minha gente
Que levanta o continente antes do canto do galo
Bebe apojo do gargalo da noite negra chirua
Trança tentos ronda luas e faz pátria de a cavalo
Um aparte campo a fora de salta grama pra cima
E um ovelheiro da estima troteando abaixo da espora
Uma guitarra que chora numa coplita sentida
Misturando vida e lida com a fé em nossa senhora
Um buenas bem macanudo num saludo de fronteira
Um êra êra tropeiro um sovéu dos cabeludo
Um pingaço topetudo pra um domingo de carreira
E uma chinoca faceira bonita acima de tudo
Parte inferior e acolchoada do arreio.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
O leite mais gordo extraído após a segunda apojadura.
Ação de vigilância.
forte, encorpado, usado tanto para pessoas quanto para objetos
Apero torcido de couro cru, peludo (não tem ilhapa), que serve para capturar quadrúpedes.
De topete elevado, garboso e valente.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.