De à cavalo na verdade vim pra o mundo sou da lida;
Desvenda, sorta cavalo;
Coiceia, corcoveando;
Essa sim é minha vida;
Não me assusta teu bufido escarvando na mangueira;
Parido xucro de berço, beirando um rio de fronteira;
Me largaram corcoveando;
Nas mãos da velha partera...
Trago a poeira troteada a cavalo dos ventanas que domei;
Sina tosca na forja da lida com esta vida me criei;
Cada bufo, corcóvio,mangaço doi laçasso engarfando o garrão;
Se o rebolcar é mui violento me arrebento de crina na mão;
Sorta o cavalo tche, sorta o cavalo vai
Eu fui criado la na costa do uruguai;
Sorta o cavalo tche, sorta o cavalo vai
Trago de herança a sina tosca do meu pai;
Sorta o cavalo tche pode sorta
A minha vida é da laçasso e corcovia
Fronteriço que doma é ginete mandalete na espreita do pealo;
Bense a doma num gesto bem-dito ante o grito de sorta cavalo;
Cada bufo, corcóvio,mangaço doi laçasso engarfando o garrão;
Se o rebolcar é mui violento me arrebento de crina na mão;
Selvagem.
Destino, sorte.
Adestramento.
Vivente incumbido de levar leite aos agregados do galpão (de manda letche); também, levar recados ou ordens aos peões.