(Régis Marques)
Pra quem vive na lida de campo
O rangir da carreta é o rebusque do grão
O mugido do gado pastando
Grita o quero-quero roseteando o chão
O estampido do barro, mangueira
Num grito de êra de algum domador
É o relincho de um potro domado
No verso rimado de algum pajador
É por isso que me fiz gaiteiro
Serrano e campeiro do sul, meu rincão
Vou floreando a cordeona nos dedos
Ouvindo segredos de campo e galpão
Sou gaúcho e minha gaita expande
O som do rio grande no meu coração
No capão escuto a passarada
Fazendo alvorada pro meu camperear
São acordes que tocam na alma
Qual canto do galo pra gente matear
Bem charrua, o vento minuano
Refrechando o pala qual fole furado
No churrasco o angico estourando
E a chaleira chiando um mate bem cevado
É por isso que me fiz gaiteiro...
Veículo rústico e primitivo meio de transporte coletivo ou de cargas que chegou aqui no Pago Gaúcho, vindo dos romanos para a península Ibérica, tendo origem na Mesopotâmia.
Som vocal dos eqüinos.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Tem dois sentidos: pode ser um bosque e também pode ser um animal macho castrado (sem os testículos).
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Comida preferida do gaúcho.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.