Me acolherei com a chimarrita candongueira
E a polvoadeira tomou conta do galpão
(sopro de fole me faz sapatear na poeira
Dá-le cordeona dé-le xote vanerão) bis
Eu me boleio pro lado de uma orelhana
Sendo crinuda e dançadeira de verdade
(pois no surungo de campanha quero mana
Boleio a guampa e danço bem barbaridade) bis
Que bolicheiro malacara e sem respeito
Fica bombeando minha china no bolicho
(se já me esquento da garrucha dou de jeito
Pois sou vaqueano e pra jaguara não me micho) bis
Descarreguei minha garrucha no lampião
Pois o danado se agachou na hora certa
(se ouviam os gritos e os estouros de facão
Um taura macho nestas hora não se aperta) bis
Fiquei peleando mais ou menos meia hora
E o gaiteiro sempre firme no compasso
(se o aço arde já respondo sem demora
Pois vou batendo e vou levando alguns pranchaços) bis
Sai inteiro com o lombo todo riscado
Toquei prum lado minha sina de bochincheiro
(na bebedeira sai a laço curado
Mas a pinguancha carreguei pro meu terreiro) bis
Aqui no rancho a china ficou baldosa
Se vai pro campo e pros bailes do meu costado
(encostei a égua e carreguei pro bolicheiro
Tu me desculpe nós não nascemos grudados) bis
Baile de baixa categoria.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Pistola de um tiro só e de carregar pela boca.
Prático e conhecedor do lugar.
Vivente que se pode recomendar.
Destino, sorte.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Pejorativo de moça jovem e vulgar.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.