(Lá pras bandas de Taquara e Santa Cristina do Pinhal
Deu-se uma história tristonha sobre a vida de um casal
A mulher fugiu de casa com seu fulano de tal
E trocou pela falsidade o seu viver colonial
Seu filhinho com dez anos na idade colegial
E ficou coitadinho sem ter da mãe um carinho
E seu pai sofrendo igual e o menino foi crescendo
Aborrecido, sofrendo com a dor daquele punhal
E o seu pai do mesmo jeito, sentia dentro do peito
Pouca força de moral
O resto vai ser cantado num simples verso rimado
Vejam que triste este final)
E o menino sempre sempre perguntava
Por sua mãe para o seu querido pai
A minha mãe foi embora pra cidade
E o senhor buscá-la quando vai?
O pobre pai para acalmar o seu filho
Muito tristonho era assim que respondia:
Os anos passam e você vai ficar moço
Vai a cidade ver a sua mãe um dia
Com esta resposta o menino foi crescendo
Seu coração sempre muito apaixonado
Porque a saudade que sofria pela mãe
É quem mantinha seu viver impressionado
E foi a ponto que este infeliz coitadinho
Sem um carinho vivendo assim recalcado
Pegou uma corda e amarrou no pescoçinho
E quando acharam tinha morrido enforcado
Parece até que aquela mesma corda
Tão assassina que não teve piedade
Fez uma armada prendendo a própria mãe
Trouxe de volta pra mesma localidade
Chegando em casa para rever o seu filho
Arrependida quase louca de saudade
Ao receber aquela cruel notícia
De revorciada perdeu a mentalidade
Esta letrinha que eu gravei com sentimento
Tão esporeada não foi pra ganhar dinheiro
Eu peço a deus que esta minha inspiração
Penetre mesmo por este mundão inteiro
Que todas as mães que existirem neste mundo
Principalmente neste meu solo brasileiro
Não abandonem seus lares abençoados
Deixando os filhos em tamanho desespero